Crítica | Me Chame Pelo Seu Nome

É lindo quando o cinema consegue abordar temas delicados de forma sublime e Me Chame Pelo Seu Nome faz isso com do início ao fim.

Inspirado no livro de André Aciman, o filme dirigido por Luca Guadagnino (100 Escovadas Antes de Dormir), retrara a descoberta na juventude, o amadurecimento sexual/emocional, e, acima de tudo, fala sobre se relacionar.

No meio de um ambiente bucólico na Itália, conhecemos a história de Elio (Timotée Chalamet), um adolescente que está curtindo suas férias de verão, ao lado de seus pais e alguns amigos, quando acontece a chegada de Oliver (Hammer), um acadêmico convidado para se hospedar na casa de sua família para ajudar seu pai (Michael Stuhlbarg), em uma pesquisa.

Pouco a pouco, Elio e Oliver começam a se aproximar e vemos o sentimento, a conquista, o flerte, o interesse, a dúvida, o primeiro contato e todas as fases do “se apaixonar” acontecendo na nossa frente. Em um jogo de sedução leve e romântico, o espectador é convidado a sentir junto com os protagonistas cada passo desse amor florescer.

Apesar de um roteiro um pouco engasgado de James Ivory, já que o filme demora um pouco para começar a “acontecer”, as interpretações são impecáveis. Tometée rouba a cena com seu talento natural e jeito de menino, enquanto o restante do elenco foi, claramente, escolhido a dedo, já que todos se encaixam e se entrosam de forma que isso fica nítido na tela.

Recheado de drama e romance, o filme chega com um tom mais fresh e leve ao abordar a complexidade do amadurecimento, fazendo dele um dos filmes mais comentados desde o final de 2017 e início de 2018.

Por fim, Me Chame Pelo Seu Nome não é sobre opção sexual, mas sobre nossas relações com os outros e com nós mesmos, é sobre se abrir para o sentimento, para o novo e para o amor.

Trailer: