quinta-feira, março 28, 2024

Rebeca Figueiredo fala de expectativas para “Magenta”

HomeSem categoriaRebeca Figueiredo fala de expectativas para “Magenta”

Com uma força cada vez maior no YouTube, as séries independentes estão se tornando uma grande febre entre os internautas, e o mais recente lançamento desse mercado é “Magenta”. Produzida pela Linha Produções, a história gira em torno de um triângulo amoroso que cerca Nina, Manuela e Raphaela. Depois de seis anos de relacionamento, Nina e Manu são surpreendidas por uma pessoa que coloca suas vidas de cabeça para baixo.

Em entrevista, a protagonista Rebeca Figueredo abre um pouco mais sobre os bastidores e realça a importância da temática LGBT na produção cultural. O elenco também conta com Giul Abreu, que ficou conhecida por protagonizar a série “Além de Alice” da mesma produtora.

Quando surgiu a oportunidade de integrarem o elenco de “Magenta”?
Durante as gravações da segunda temporada de Além de Alice. Eu tava no quarto da Maria Clara (sócia da Linha Produções) e a Thaiane me contou que tinha uma série nova. A princípio seriam duas personagens, mas ela tava querendo escrever outra personagem. Pra mim – fico metida mesmo. Magenta era o nome da série. E desde então sempre que tocávamos no assunto eu dizia: “não sei quem vai estar, eu sei que eu”.
A série aborda a história de três amigas com uma temática LGBT. Qual é a importância de abordar essa tema na produção cultural?
Eu tenho pra mim que a nossa razão de ser é política. Existir em sociedade, por si só, é política. A gente pode demorar a entender isso ou passar uma vida sem entender – porque esse entendimento é um lugar de extremo privilégio. Mas depois que você entendeu, meu amigo, é um caminho sem volta. E quando eu falo política não é essa que passa na propaganda. Eu to falando de ações cotidianas mesmo. Pra mim, é tudo política e a gente, enquanto sociedade, banalizou a palavra ao longo dos tempos. Onde eu quero chegar? Pra mim, se a nossa existência já é política, é inimaginável uma arte que não tenha esse cunho. Sem ou com panfletarismo, cada um no que lhe cobra a alma. A temática LGBT, em um canal do YouTube com mais de 64 mil inscritos é uma puta representatividade. Eles, nós, precisamos, mais do que nunca, sermos vistos. Quem não é visto, não é lembrado. E, mais do que isso, precisamos nos reconhecer, precisamos estar em paz com quem somos e reconhecer nossos pares. Se você nunca vê na TV um casal lésbico, você que é diferente. Não! Vem cá que a gente vai te mostrar que você é único, mas tem “os seus”. A gente vai te mostrar o que os grandes querem que fique dentro de armários bem fechados.
Ainda no início da série, como está sendo interpretar a Manuela, Raphaela e Nina? 
A Raphaela é um grande desafio. Ao mesmo tempo em que ela tem muito de mim, ela tem muito de algo que é alheio a mim. Eu acho que a gente se parece muito na forma de pensar, mas o agir, o externo, é muito diferente. E aí que mora o x da questão. Por isso, ela é um grande presente também.
Quais são as expectativas de vocês para a série daqui pra frente?
Ahhhhhhhh!!! Do fundo do coração? Meu sonho de princesa? Eu queria que elas casassem as três e fossem viajar juntas pelo mundo. MAS… eu sei que é web-serie, precisa de conflito, precisa de dinheiro pra gravar viajando, precisa de uma porrada de coisas. Então eu simplesmente optei por não criar expectativas. Quero ser surpreendida quando receber o roteiro da segunda temporada e me deliciar na construção dessa nova fase da Raphaela. Ps: eu menti e tenho expectativa de aparecer em todos os fuckings episódios. Fica a dica, produção.
Como está sendo fazer magenta? 
Tem sido incrível, um trabalho super importante… principalmente porque a Raphaela é uma personagem muito peculiar, difícil de agradar todo mundo. E quando leio os comentários da galera xingando e ao mesmo tempo amando ela… não tem preço. A gente vibra muito com isso! Rs
Além do LGBT em si, o enredo conta a história do relacionamento entre a Nina e Manuela que é abalado pela Raphaela. Essa situação acontece muitas vezes na vida. O que pensam sobre esta situação?
Eu já vivi um relacionamento poli amoroso e cada dia que passa eu acredito ainda mais que a monogamia é uma grande hipocrisia. Reflete o quanto nós estamos inseridos em uma sociedade sem coerência nenhuma. Eu acho que a gente deixa de viver coisas maravilhosas – em todos os aspectos da nossa vida – pra se enquadrar em padrões. Não é sobre ganhar ou perder, sobre o que é meu e o que é seu. Aliás, se eu me apaixono por alguém, se eu amo alguém… porque a surpresa/raiva/decepção se outro alguém também ama o “meu” alguém? Sim! Que ame! Não é muita prepotência achar que só eu no mundo vou amar aquela pessoa? Se ela é digna do meu amor, ela é digna do amor do mundo todo!
Deixem uma mensagem.
Espero vocês na segunda temporada, xoxo.

Da redação
Da redação
Matérias e conteúdos produzidos por parceiros do Portal Mais Mídia
MAIS POSTS

Deixe um Comentário

Please enter your comment!
Please enter your name here

MAIS VISTAS