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Adriana Vasconcellos, representante da pasta de relações internacionais da prefeitura de São Paulo, participa do Festival PanAfricano na Tanzânia

Durante o evento, Adriana falou sobre a importância da educação para combater o racismo estrutural no Brasil

Como representante do Brasil durante o FESTAC (Festival PanAfricano de Arte e Cultura) que acontece em Zanzibar, Tanzânia, até o dia 29 de maio, Adriana Vasconcellos, coordenadora da pasta de Relações Internacionais da Prefeitura de São Paulo, falou, durante o evento, sobre a importância de sua participação em um encontro dessa magnitude: “Estou muito emocionada e feliz por estar aqui. Estou retornando à terra dos meus ancestrais e isto é muito importante para que continuemos avançando, principalmente, no Brasil. Agradeço à Tanzânia, à cidade de Zanzibar, à União Africana e à Carolina Morais pelo convite”, declarou.

Como professora da rede pública brasileira, Adriana lembrou que o objetivo de sua atuação junto à Secretaria de Relações Internacionais da Prefeitura de São Paulo, é trabalhar pela implementação da Lei 10.639/03 que visa estimular o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana e, dessa forma, ressalta a importância da cultura negra na formação da sociedade brasileira.

Contudo, esta lei ainda não foi, de fato, implementada, como ela bem ressaltou ao questionar: “Mas por que a obrigatoriedade dessa lei no segundo país com mais pessoas negras do mundo? Somos 56% da população no Brasil. Porque como foi a partir da educação que o racismo estrutural se fortaleceu, será também através dela que iremos mudar essa situação. Para concluir, vamos trazer para nossas crianças o pertencimento, o orgulho da ancestralidade africana e fazer com que elas consigam avançar e alcançar lugares de representatividade”, ressaltou. Ao falar sobre a natureza de suas atribuições na esfera pública, Adriana também observou o seguinte: “Dentro da secretaria eu coordeno o projeto São Paulo Farol Antirracista criado para combater o racismo estrutural. Nosso objetivo é, portanto, fazer com que as crianças sintam orgulho de serem afrodescendentes. A educação é um braço do racismo estrutural e será também por meio dela que mudaremos isto”, afirmou novamente.

Por fim, Adriana também falou sobre outro projeto criado sob sua coordenação, a Expo Internacional Dia da Consciência Negra que, em 2021, teve sua primeira edição e ocorreu na capital paulista. “No ano passado, fizemos a primeira Expo Internacional do Dia da Consciência Negra e quero aproveitar para convidá-los a participarem da edição deste ano. Juntos vamos combater o racismo estrutural”, concluiu.
Vale lembrar que o objetivo do FESTAC é, segundo os organizadores, “discutir ações que possam unir o continente mirando um futuro cada vez mais promissor”.

Além do mais, a participação do Brasil ressalta o quanto é importante manter a conexão entre os continentes, através da cultura e do estímulo aos negócios, para que questões mais urgentes, como reunir esforços em torno de políticas públicas que possam acabar com o racismo, possam ser ampliadas cada vez mais.