quinta-feira, maio 2, 2024

Dinâmicas para projeto e intervenção a partir da literatura

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No dia 30 de novembro, quinta-feira, a partir das 8h, será realizado, na PUC-SP, o evento “Seminário PLIT: Dinâmicas para Projeto e Intervenção a partir da Literatura”.

Com base na literatura, em sentido amplo e em diálogo com outras áreas e formas de conhecimento, pressupomos ações que possam ser promovidas no plano social, por meio de iniciativas e práticas diversas — com propósito de agregar, incluir e melhorar a vida das pessoas. Estimulados por conversas e performances trazidas pelos participantes da programação do evento-seminário PLIT, gostaríamos de materializar esse pensamento propositivo de maneira criativa, convidando o público a imaginarmos, juntos, possíveis intervenções.

O PLIT (Programa-Laboratório Integrado Transdisciplinar) é uma proposta experimental que promove a aproximação da literatura com outras áreas do conhecimento a partir de uma perspectiva de pesquisa inovadora e com objetivo de gerar impacto social.

CONVIDADOS (em ordem alfabética)

Denise Stoklos, atriz e dramaturga

Dimy Unclear, grafiteiro

Eduardo Nicolau, fotógrafo e editor (Jornal Estado de S.Paulo 1997-2020)

Emma Jova, atriz e os grupos de teatro: Benvinda Cia e Geometrias (In)Congruentes

Eva Furnari, escritora e ilustradora

Gabriela Romeu, jornalista e curadora

Renata Meirelles, educadora e documentarista (Territórios do Brincar)

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“Manifesto inclusivo”, com estudantes do ensino fundamental II, integrantes do Projeto AEL Mauricio de Sousa, na escola EMEF Júlio de Grammont (DRE São Mateus)

SERVIÇO

Dia: 30 de novembro

Horário: 8h-17h (intervalo para almoço das 12 às 13h)

Local: PUC-SP (R. Monte Alegre, 984 – Perdizes). Auditório: 117A

Público: Aberto ao público em geral, permite inscrição especial aos educadores da rede pública de ensino, pesquisadores e outros interessados.

Inscrições para o público geral: https://forms.gle/ttcKwLASp4Wu6RKP8

Inscrições para professores da rede municipal: https://forms.gle/tdAVv2LLPD4MeV2s7

BENVINDA CIA

A Benvinda Cia. nasceu em 2016 a partir do desejo de participantes de diferentes grupos teatrais da Cultura Inglesa de aprofundar sua investigação em práticas artísticas. Pesquisadores de uma linguagem Pop e contemporânea e da transposição da estética das histórias em quadrinhos para a cena, contou com apresentações e temporadas em teatros paulistanos como iNBOx Cultural, Parlapatões, Viga Espaço Cênico e Cia da Revista; e centros culturais como a Casa1, Centro Cultural Grajaú, Casa de Cultura Parelheiros, Centro Cultural Vila Formosa, Casa de Cultura Tremembé e o Centro Cultural da Diversidade, além de apresentações em escolas da rede municipal e escolas particulares. O grupo investe na colaboração entre seus atores-criadores e direção, criando dramaturgias completamente autorais que dialogam com o mundo que nos cerca, e expande sua pesquisa para outras mídias, com a publicação de duas HQs pela Editora Giostri (“Limonada” e “Ana e a Baleia”, ambas à partir de peças homônimas da companhia), peças podcasts, leituras dramáticas ilustradas, peças em formato digital, vídeos ensaísticos sobre a cultura pop e da realização de oficinas abertas nas linguagens do corpo e das artes visuais.

No dia 30 de Novembro, o diretor artístico da Benvinda Cia, João Hannuch, estará acompanhado da atriz e produtora Emma Jovanovic na PUC SP, em parceria com o projeto PLIT para discutir sobre as relações entre a literatura e a arte transmídia. Autor e ilustrador de três HQs publicadas como adaptações de peças do grupo, João é Mestre em Teatro POP e Transmídia pela Escola Superior de Artes Célia Helena, e abordará parte de sua pesquisa a partir da apresentação de suas publicações, de mind map ilustrado e trechos de vídeos ensaísticos e de leituras dramáticas realizadas pela Benvinda Cia, a fim de explorar as diferentes intervenções da literatura na sociedade e na educação, sobretudo na voltada a crianças e adolescentes.

DENISE STOKLOS

Nascida em 1950, em Irati, PR, é atriz, autora, diretora e professora.

Em 1972, graduou-se em Ciências Sociais pela PUC-PR e Jornalismo pela UFPR. Em 1968, iniciou sua carreira no Teatro em Curitiba-PR, desde então sendo dirigida no Rio e em São Paulo por diretores inesquecíveis como Antonio Abujamra. Em 1978 estudou Mímica em Londres iniciando sua carreira internacional. Em 1987 criou um estilo chamado “Teatro Essencial” – no qual usa o mínimo de recursos externos, só o corpo, a voz e um terceiro elemento que vem do intelecto, memória, intuição: a dramaturgia.

Ao longo de seus cinquenta e dois anos de carreira criou diversos Solos Teatrais que são mantidos em repertório permanente. Foi convidada para apresentá-los em 33 países.

Tem recebido prêmios no Brasil (Ordem do Mérito Cultural, Ordem do Rio Branco, Ordem do Pinheiro, Shell, APETESP, APCA, Mambembe) e no exterior (Romênia, Cuba, Edinburgh). Em 2013, recebeu o título de Doutora Honoris Causa pela Universidade Estadual do Centro Oeste – UNICENTRO, PR.

É uma das únicas atrizes brasileiras que trabalha apenas em teatro, não faz telenovelas.

Dias 15, 16 e 17 de dezembro fará um curso de imersão sobre performance a todos os interessados. Informações em seu Instagram @denisestoklosoficial.

DIMY UNCLEAR (@dimysp)

Grafiteiro paulistano iniciou sua trajetória em meados de 1998 tendo como suporte paredes para a realização de seus trabalhos. A busca pelo crescimento não cessou, atuando na área do design, criando estampas para diversas marcas de surf e dividindo seu tempo em uma produtora educacional. Hoje também assina seu trabalho com um símbolo.

EDUARDO NICOLAU

Fotógrafo com mais de 20 anos de experiência em redação de jornal. É formado em Fotografia pelo Senac.

Foi editor geral de fotografia do Jornal O Estado de S.Paulo entre 2010 e 2020 e fotógrafo (também do Estadão e Jornal da Tarde) de 1997 a 2010

Organizou e realizou cobertura fotográfica de quatro copas do mundo (Alemanha, África, Brasil e Rússia), três olimpíadas (Pequim, Londres e Brasil), crises civis no Haiti, Equador, eleições e viagens presidenciais (Vietnã e China)

Tem publicados os livros “Retrato de Jornal” (Letras do Brasil, 2013) e “Retratos” (Ipsis, 2022). Recebeu as seguintes premiações: Prêmio Estado de Jornalismo 2003, 2006 e 2009; Prêmio Líbero Badaró 2006; Prêmio Vladimir Herzog 2002. Indicado ao Prêmio Esso 2002 e 2006

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EVA FURNARI

Nasceu em Roma em 1948 e veio para o Brasil com 2 anos de idade. Formou-se em Arquitetura pela USP e foi professora de artes no Museu Lasar Segall de 74 a 79.

Começou sua carreira de escritora e ilustradora de livros infantis e juvenis em 1980 e tem 64 livros publicados. Publicou, por quatro anos, histórias da Bruxinha nos suplementos infantis dos jornais Folha de São Paulo e Estado de São Paulo. Seus livros foram publicados na Inglaterra, Turquia, China, Chile, México e muitos deles foram adaptados para o teatro.

Ao longo de sua carreira, foi premiada diversas vezes. Recebeu 8 vezes o Prêmio Jabuti pela CBL, foi premiada 9 vezes pela FNLIJ e recebeu o APCA pelo conjunto da obra.

www.evafurnari.com.br

@eva.furnari.oficial

GABRIELA ROMEU

Escritora, jornalista e documentarista, com mais de vinte anos de atuação em projetos que criam pontes entre infâncias.No jornal Folha de S.Paulo, editou o caderno Folhinha e coordenou o projeto Mapa do Brincar (www.mapadobrincar.com.br), vencedor do Grande Prêmio Ayrton Senna de Jornalismo (2010).

Atua na crítica de teatro infantil, membro da APCA, e escreveu sobre literatura e cinema, sempre integrando diversas comissões de festivais, mostras e editais voltados à produção cultural para a infância. É curadora de exposições e instalações que circulam em diferentes espaços culturais (Sescs, festivais).

É autora de livros que recontam o real e o imaginário das infâncias brasileiras.

É corroteirista do documentário “Disque Quilombola” e diretora de “Meninos e reis” e “Quintais do Xingu”. Atuou como cocuradora da exposição “Trilhas do Brincar”, que circulou por três unidades do Sesc-SP, e das instalações “Inventário dos Cabinhas”, “Infâncias” e “Na rua dos Meninos” em unidades do Sesc e outros espaços culturais.

GEOMETRIAS (IN)CONGRUENTES

Geometrias (In)congruentes é uma metodologia de pesquisa para artes cênicas que serve tanto para improvisação guiada levada a público, como também para o uso interno em grupos artísticos e instituições de ensino a fim de desenvolvimento didático e criativo. Trata-se de um tabuleiro para se jogar teatro, uma ação cênica improvisada a partir de um jogo de dados. O tabuleiro é dividido em quatro áreas – luz, som, corpo e vídeo -, e os dados determinam o perfil da criação – características da qualidade de ação, imagem ou som gerada. Há um microfone no espaço, acessível a qualquer um que queira intervir nas cenas com comentários, depoimentos, leituras de materiais literários disponíveis ou quaisquer outras declamações.

Desenvolvida pelo artista transmidiático pernambucano Luiz Manuel, a metodologia investiga fruição e formação artística por meio da improvisação guiada, sob uma perspectiva tanto artística quanto sociológica. Propõe também uma reflexão acerca da autonomia do público, que faz uso de seu próprio repertório e bagagem cultural para a criação, interligando memória, identidade e jogo no espaço-tempo artístico e teatral.

No dia 30, o Núcleo de Treinamento Geometrias (In)congruentes estará presente na PUC-SP para participação no Projeto PLIT, apresentando uma rodada-demonstração do jogo, exibindo o mini-documentário da pesquisa e conduzindo um diálogo acerca das relações entre teatro, literatura, memória e performatividade. O coletivo pretende demonstrar as maneiras com que os atravessamentos da leitura na contemporaneidade podem ser levados à cena, por meio de improvisos que evocam os repertórios de cada indivíduo e põem em xeque os paradigmas atrelados ao purismo das artes e das linguagens.

RENATA MEIRELLES

Educadora e documentarista. Viaja pelo país estudando a infância brasileira e seus brincares.

Mestre em educação pela USP. Idealizadora do Projeto BIRA – Brincadeiras Infantis da Região Amazônica (www.projetobira.com) e do Projeto Território do Brincar (www.territoriodobrincar), uma co-realização com o Instituto Alana.

Publicou os livros “Giramundo e Outros Brinquedos e Brincadeiras dos Meninos do Brasil” (editora Terceiro Nome), vencedor do Prêmio Jabuti de 2008 e “Cozinhando no Quintal”, da mesma editora.

Curadora de exposições sobre o brincar em unidades do SESC: “Mais de Mil Brinquedos para a Criança Brasileira” – SESC Pompéia, “Trilhas do Brincar” SESC Santos, Santo André e Araraquara e “Brinquedos dos Meninos do Brasil”, Regional SESC Santa Catarina.

Diretora de diversos curtas-metragens sobre a temática do brincar, tais como como “Bambeia” e “Disque Quilombola”, vencedores de prêmios em festivais de cinema nacionais e internacionais.

Dirigiu os documentários “Território do Brincar”, uma co-produção de Maria Farinah Filmes e Ludus Videos, e “Brincar Livre: de dentro para fora”, que, em parceria com o Instituto Alana, acompanhou famílias diversas da Grande São Paulo durante a pandemia e registrou os processos pelos quais as crianças e suas brincadeiras passaram ao longo desse período.

 

 

SOBRE O PROJETO PLIT:

O PLIT, Programa-laboratório integrado transdisciplinar para formação acadêmica e pedagógica, é um projeto financiado pela Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), no Programa de Pós-Doutorado Estratégico. Engendrado na cultura de design e projeto (PIVETTI, 2019), o PLIT é uma proposta experimental destinada à idealização de modelos inter e transdisciplinares, que promove a aproximação da literatura com outras áreas do conhecimento a partir de uma perspectiva de pesquisa inovadora e tendo por objetivo final a criação de proposições de impacto social. Entendendo a pesquisa como método de inovação e experimentação, o projeto lança mão de uma abordagem experimental programática e investiga por que caminhos de concepção metodológica e crítica é possível se contribuir para uma formação em literatura que, baseada em transdisciplinaridade, possa articular pensamento, experiência e produção científica de modo a disparar práticas e intervenções de valia social, na educação e outros setores. Para isso, o Programa-laboratório propõe integrar processos e produtos, visando criar diversificadas oportunidades de engajamento para os pesquisadores, ampliar as relações com a literatura e a sociedade e valorizar uma formação de intercâmbio cultural, dentro e fora do espaço acadêmico, atraindo públicos diversos.

Coordenação: Diana Navas, supervisora e docente PUC-SP e Michaella Pivetti, designer-curadora e pesquisadora pós-doutoranda do PPGLCL, PUC-SP.

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