Fundação FAT já desenvolve 14 projetos de inovação no ecossistema do Centro Paula Souza como ICT

Fundação FAT já desenvolve 14 projetos de inovação no ecossistema do Centro Paula Souza como ICT

Invenções criadas em ETECs e FATECs como eletrodomésticos movidos a energia solar podem ter registro de patente e ganhar viabilidade industrial

A inovação está ainda mais presente no portfólio de projetos da Fundação FAT. Após ter firmado, no segundo semestre de 2022, um acordo de cooperação técnica com o Centro Paula Souza – este na condição de Instituição de Ciência e Tecnologia (ICT) – a Fundação de Apoio à Tecnologia (FAT) já trabalha para transformar em realidade 14 projetos surgidos em ETECS e FATECs paulistas. O objetivo é tirar as ideias do papel e fazer com que elas ganhem viabilidade em termos comerciais e industriais, além do registro de patentes.

Para que isso ocorra a FAT desenvolve alianças estratégicas e modelos de atuação em parceria com a iniciativa privada. A FAT auxilia ainda na estruturação do projeto (fase de ideação), nos estudos de viabilidade técnica e econômica; além de captar recursos, gerir e aplicar receitas para o incentivo à inovação e à pesquisa científica e tecnológica no ecossistema destes ambientes educativos e de inovação que são as Escolas Técnicas Estaduais (ETECs) e as Faculdades de Tecnologia (FATECs).

“O papel institucional da FAT neste acordo é conectar essa inovação que está surgindo nas unidades de ensino com a indústria, com empresas de tecnologia e serviços, bem como com os investidores e com toda a cadeia produtiva. A intenção é de que a Fundação seja um elo entre todo esse ecossistema que tem alunos, professores e pesquisadores, além de toda a sociedade que pode se beneficiar dessa produção de conhecimento aplicado. Nosso objetivo é unir todos esses elos efetivamente e tirar a inovação do papel”, afirma o professor Luiz Roberto Vannucci, diretor técnico da FAT e responsável pelo projeto.

O também professor Douglas Dias, que atua na gestão do projeto, informa que no final do ano passado, a FAT emitiu um chamado para todas as ETECs e FATECS do Estado pedindo para que as unidades que tivessem interesse em desenvolver projetos de inovação procurassem a Fundação. “O fato de termos mapeado esses 14 projetos neste curto espaço de tempo, demonstra como esse ecossistema é potente. Existe uma capilaridade muito grande tanto em termos geográficos, já que as unidades estão espalhadas por todo o Estado, quanto de áreas do conhecimento, já que a oferta de cursos técnicos e tecnológicos abrange muitas áreas do conhecimento. Esse é nosso grande diferencial: ter acesso a muitas unidades em regiões diferentes do Estado e com especialistas nas áreas de agrícola, tecnologia da informação, indústria, construção civil, farmacêutica, design inovação social entre tantas outras”, afirma.

Atualmente o Centro Paula Souza conta com 224 Escolas Técnicas (Etecs) e 76 Faculdades de Tecnologia (Fatecs), sendo que ambas somam mais de 316 mil alunos em cursos técnicos de nível médio e superior no âmbito tecnológico.

Como exemplo de projetos em fases mais avançadas, ele cita um forno movido a energia solar, originado na Etec de Bauru. Esse projeto de inovação já estava em fase avançada de prototipação, pois foi desenvolvido por professores e alunos da unidade em anos anteriores.

Dias afirma que a meta do programa para esse ano é alinhar as possibilidades com esse ecossistema e aproximar ainda mais essas potencialidades das demandas de mercado e das empresas. Segundo ele, todo o esforço neste período estará voltado a fazer com que os professores desses alunos tragam essas inovações para a Fundação, que trabalha para unir os elos da inovação: fontes de financiamento, inventores e sociedade.

“O objetivo neste momento é aumentar o número de projetos. Entendemos que isso é tão importante nesta fase da jornada quanto ter uma empresa ou uma patente registrada no final do ano. Isso porque desta forma, será possível demonstrar a potencialidade das Fatecs e ETECs na cadeia de inovação do Estado de São Paulo. Não temos dúvidas de que, principalmente no universo dos médios e dos pequenos empresários, existe muita oportunidade de entregar soluções inovadoras que podem até não custar milhões ou que talvez não se tornem patentes internacionais, mas que certamente vão transformar a sociedade, os negócios e cumprir o papel da inovação”, conclui o gestor do projeto.

Sobre a Fundação FAT

A Fundação de Apoio à Tecnologia – FAT foi fundada em 1987 com o propósito de incentivar a pesquisa aplicada, a inovação, o desenvolvimento tecnológico e profissional e a educação em todo o território nacional, estendendo esses serviços a organizações públicas e privadas, e também à comunidade em geral. Como entidade de direito privado sem fins lucrativos, a FAT tem como objetivo colaborar com as instituições que atuam nas áreas da educação e da tecnologia, buscando estimular e desenvolver o conhecimento através de programas de geração, difusão e transferência de tecnologia.

Da redação

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