quinta-feira, maio 2, 2024

Racismo, saúde mental e sexualidade são questões que mais preocupam jovens no Brasil. Temas pautam criações do Festival Nacional Videos For Change

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Qualquer pessoa pode votar no seu vídeo preferido, pelo site brasil.videosforchange.org, e ajudar a escolher os vencedores entre jovens de SP, PE, MG e RS

O que mais incomoda os jovens brasileiros? Quais são as causas que eles mais gostariam de ver analisadas e solucionadas? A depender dos temas escolhidos por 3,5 mil estudantes de 108 escolas, racismo, saúde mental, bullying, igualdade de gênero e assédio/violência sexual são os tópicos que mais preocupam, merecem análise e para os quais eles gostariam de enxergar mudança de cenário.

O resultado emerge de um desafio proposto pela ONG Viven, que promove educação cidadã por meio de vivências no Brasil desde 2019. Em 2022, ela organizou 12 festivais regionais do Desafio Videos for Change, abrangendo 16 cidades de quatro estados – São Paulo, Pernambuco, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. O propósito do Desafio é simples: fazer com que estudantes do ensino fundamental e médio definam os temas que mais os preocupa, aprendam profundamente sobre suas causas e produzam vídeos de um minuto para dar visibilidade e levar ao mundo suas opiniões e sugestões sobre os assuntos.

Mais de 500 vídeos foram inscritos nos festivais regionais de 2022 e 81 foram premiados por um corpo de jurados multidisciplinar  em categorias como originalidade, criatividade, melhor uso de recursos técnicos e narrativa, além dos que foram eleitos por meio de votação popular. Agora, eles são parte da primeira edição nacional do evento e serão levados novamente ao  voto      do público      e à análise de jurados.

“Estamos muito felizes por engajar o Brasil no projeto      Videos      for Change. Essa é uma oportunidade para nossos jovens e adolescentes serem ouvidos e explicitarem suas preocupações e posicionamentos não apenas ao País, mas para o mundo”, explica Lina Wurzman     , presidente e fundadora da Viven. “Esse é um trabalho de profundidade: ajudamos os jovens a perceber as causas que os preocupam, a entender o cenário de forma clara e a amplificar suas vozes, seu protagonismo e sua capacidade de mobilização”, complementa.

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O trabalho da Viven teve origem na High Resolves, organização pioneira que, desde 2005, tem como missão viabilizar a educação cidadã por meio de metodologias inovadoras na Austrália e em outros países do mundo. O trabalho utiliza conceitos da neurociência, Teoria dos Jogos e Economia Comportamental, com resultados comprovados na prática.

“A proposta da Viven é promover a educação cidadã, por meio de vivências, pois sabemos que é preciso sentir para transformar. Para isso, usamos atividades como os vídeos, jogos, rodas de conversa e outras experiências para que os estudantes ampliem o seu olhar sobre a sociedade e se tornem cidadãos mais críticos e comprometidos com a transformação social”, diz Anna Colacino, diretora executiva da organização.

No Brasil, a ONG já implementou sua metodologia em 318 escolas de 111 cidades, contando com mais de 170 mil participações de estudantes nas vivências desenvolvidas. Os professores são fundamentais para a proposta e são preparados pela Viven para atuar na implementação do método. “São os professores que têm o vínculo com os estudantes. Por isso, os formamos. Isso gera mais conexão e transformação no longo prazo. Além disso, esperamos que os estudantes tenham melhor desempenho acadêmico, senso de pertencimento, consciência social e predisposição para atuar em prol da coletividade,     pautados por justiça social”, diz Colacino.

A votação popular do Festival Nacional do Desafio Videos For Change vai até 10 de setembro e qualquer pessoa pode participar. Basta acessar o site brasil.videosforchange.org. A escolha dos melhores vídeos vai considerar ainda a votação dos jurados. Entre eles estão Luciana Temer, do Instituto Liberta, Eunice Baía, ativista indígena e atriz conhecida por interpretar Tainá no filme “Tainá: Uma Aventura na Amazônia”, Sônia Guimarães, a primeira mulher negra no Brasil a ser PhD em Física, além de Igor Lima, um dos criadores do Instituto Sonho Grande, e Sharylaine, rapper e produtora cultural. O anúncio dos ganhadores ocorrerá em 19 setembro em Live no YouTube.

Da redação
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